terça-feira, 26 de novembro de 2013

39° Capítulo - Odeio Amar você

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(Arthur narrando) Pra ferrar mais ainda, eu não encontrava a chave daquele maldito quarto. Estava preso em um quarto de motel, que eu desconhecia. Mexi nos lençóis da cama e a chave caiu de um deles. As peguei e abri a porta. O motel, em que eu estava, se encontra no meio do nada, parecia mais uma casa abandonada do que um motel.

Arthur: Meu Deus, onde estou? – limpei o suor que escorria por minha testa.

Andava pela estrada. Não via uma casa, um posto. Não via nada nem ninguém que pudesse me ajudar. Se eu olhasse para o lado, eu via mato. Se eu olhasse para frente via mais estrada de barro, parecia que não acabava. Sem dinheiro, sem celular nesse fim de mundo. Não passava um carro pela estrada. Estou perdido!

(Lua narrando) Super preocupados, Thiago e eu voltamos para a casa de Arthur. Reviramos a casa inteira, procurando alguma pista sobre o sumiço de Arthur. Fui até seu quarto, abri uma gaveta da sua mesinha de cabeceira e encontrei uma agenda telefônica. A abri e vi que só tinha número de garotas. Ok, isso não é horas para uma crise de ciúmes. Liguei para todas perguntando por ele e nenhuma me dava uma resposta que me deixasse mais aliviada. Oh Deus, estou desesperada!

Thiago: Encontrou algo? – entrou no quarto e eu neguei com a cabeça. – Acho melhor pedir ajuda á policia. – saiu do quarto e eu continuei sentada na cama

Não pude me controlar, uma lágrima rolou sobre meu rosto. Meu coração estava apertado. Onde está o Arthur? Que Deus o proteja. Já o procuramos em todos os cantos possíveis, agora estará na mão da policia. Enxuguei meu rosto e sai do quarto, buscando forças para descer até a sala.

(Arthur narrando) Já está escurecendo e eu continuo á andar por esse lugar desconhecido. Ainda não havia nada que possa me ajudar, exceto um banheiro público onde eu pude fazer minhas necessidades. Minhas pernas doíam, de tanto que andei, minha garganta estava seca, de tanta sede, e minha cabeça, que antes doía de ressaca, agora doía de tanta fome que eu sentia.

Arthur: Oh Deus. – sentei-me na beira da estrada. Irei descansar. – Nunca fui um exemplo de pessoa e nem de cristão, mas eu te peço meu Deus, me ajude. – implorei. – Estou com dor de cabeça, fome e sede. Preciso de sua ajuda.

Fiquei um bom tempo sentado ali e depois continuei minha dolorosa caminhada. Acho que são mais de 18h00min, pois está escuro, o que está dificultando minha trajetória. Vou confessar que estou com muito medo. Vou confessar, estou com muito medo de não ver mais a Sophia, o Thiago e o Poncho, que os considero meus irmãos, medo de não ver meu pai, que, embora tudo que tem acontecido, eu o amo muito. Mas tenho mais medo de não ver a MINHA Lua, tenho mais medo que isso aconteça.

Lua: Dê-me uma luz, meu Deus. – pedi. – SOCORRO. – gritei e vi minha voz se formar em eco.

Andei mais e mais até que vi uma luz bem longe de mim, literalmente, uma luz no fim do túnel. Era o farol de um caminhão, comecei a dar a mão e pular, com um pouco de dificuldade, pois estava sem muita força. Ele ia se aproximando cada vez mais e eu gritava mais ainda. Quando pensei que ele iria passar direto, ele parou ao meu lado.

- O que quer garoto? – perguntou um homem barbudo que aparentava ter uns 50 anos no máximo. – Carona?

Arthur: Por favor. – implorei pondo as mãos em forma de reza. Ele assentiu. Sorri e entrei no caminhão, sentando no banco carona.

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