sábado, 14 de dezembro de 2013

Pode ser Para... Sempre 2 - Capítulo 02.

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“A ausência apaga as pequenas paixões e fortalece as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras.”  (François La Rochefoucauld)

Voltar pro Rio não foi nada fácil pra Lua, ela não havia avisado a ninguém nem mesmo sua mãe. Ela ia voltar pra casa e se instalar lá e depois ver o que aconteceria. O que ela não contava é que quando chegasse lá teria uma surpresa não muito agradável. Ela abriu a porta e entrou, a casa estava exatamente como a deixara e ainda tinha o cheiro do perfume de Arthur impregnado nela. Olhou para todos os cantos lembrando dos momentos passados ali, lembranças e saudades de tempos que não voltam mais, ou voltam?
- Lua? – aquela voz, era impossível. Ela se virou
- Arthur? – sim era ele, lindo como sempre. Exatamente os mesmos olhos significativos, a mesma boca desenhada e ela tinha os mesmos pensamentos pornográficos de quando o via
- O que você faz aqui? – perguntaram juntos incrédulos
- Eu vim morar aqui – disse Lua nervosa evitando olhar nos olhos dele
- Eu também – disse Arthur a enfrentando.
- Ah, mas não vai mesmo. Essa casa é MINHA – disse Lua colocando ênfase no minha
- Essa casa é NOSSA. – disse Arthur chegando perto dela
- Mãe? – ouviram uma voz baixa e viram Rafael em pé ao lado do sofá
- Rafa, meu amor. Vem dá um abraço na mamãe, vem. – disse Lua abrindo os braços e Rafael veio correndo se jogando no colo dela
- Mamãe, eu você e o papai vamos voltar a ser uma família de novo? Todos juntos? – perguntava Rafael com esperanças nos olhos.
- Não, meu amor a gente não vai voltar. Mas mamãe precisa conversar com o papai, vai indo lá pro quarto que já já a gente se encontra – disse Lua enquanto os brilhos nos olhos de Rafael sumiam totalmente e Arthur ficava magoado com as palavras dela.


- Precisava falar daquele jeito pro menino? – perguntou Arthur zangado assim que Rafael saiu.
- Você queria o que? Que eu mentisse pra ele? – perguntou Lua ficando vermelha de raiva
- Que pelo menos não acabasse com as esperanças dele – disse Arthur 
- Não é pra ter esperanças, melhor acabar agora do que o deixar iludido – Lua cuspia as palavras em Arthur sem dó nem piedade
- Tem certeza disso ? – disse Arthur chegando perto dela triste
- Te..te...te..nho – ela gaguejou incomodada com a proximidade dos dois
- Não senti firmeza. Diz isso olhando nos meus olhos, diz que não sente nada por mim. Diz que não me ama mais – dizia Arthur puxando o rosto dela e fazendo seus olhares se encontrar
- Eu não tenho que provar nada a você – disse Lua se virando pra sair
- Realmente não tem. Mas já me disse o que eu queria – disse Arthur a vendo sair e logo depois indo atrás dela ver Rafael.
Ao chegar no antigo quarto de Rafael, Arthur viu Lua colocando Rafael pra dormir, era lindo ver mãe e filho juntos, contando com Juliana eram as três pessoas que ele mais amava na vida. Preferiu ficar na porta só olhando...
- Boa noite, papai – disse Rafael fazendo Lua perceber a presença de Arthur
- Boa noite, meu anjo – disse Arthur mandando um beijo com as mãos, e Lua ficou cantando pra Rafael até ele dormir, sua voz era linda e suave e fez Rafael pegar rápido no sono e Lua sair do quarto sem sequer olhar para Arthur
- Lua, a gente ainda não terminou – disse Arthur indo atrás dela e segurando seu braço a fazendo parar no meio da sala.

- Terminamos sim.  Meu único vinculo com você está dormindo – disse Lua querendo se soltar dos braços de Arthur em vão
- O seu único vínculo comigo é esse, Lua? – peguntou Arthur fazendo olhar no fundo dos seus olhos
- Você sabe que não – Lua disse quase num sussurro.
- Então porque essa frieza? Porque a separação? Porque essa palhaçada toda? – perguntou Arthur com a voz saindo quase como uma súplica
- Arthur, não adianta a gente briga e eu me magoou. O amor as vezes não basta – disse Lua triste
- Pra mim amor vence barreiras, basta querer – disse Arthur 

- To sem energia – disse Lua desistindo e tentando se soltar dos braços dele novamente 
- Isso é fácil de se resolver – disse Arthur a beijando, sua língua macia pediu passagem e ela cedeu, provar seu gosto mais uma vez depois de todos aqueles anos era como provar novamente uma fruta que só dá de época em época. E o gosto era o mesmo, doce e gostoso.
- Para, Arthur ... Eu não posso – disse Lua afastando ele
- Porque não? – perguntou Arthur desapontado
- Foram tantos anos, não podemos simplesmente chegar assim na primeira vez que a gente se vê de novo e transar – disse Lua 
- Mas eu to com saudades, de você, do seu cheiro, da sua pele. – disse Arthur fungando o cangote de Lua.

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