[Lua]
– Que jogo vai ser afinal ? - Sophia perguntou.
– Não faço ideia . - Clove disse. - gente verdade ou consequencia mesmo qualé , eu até jogo
Era só o que me faltava até Clove topando ...
– Gostei da ideia. - Chay disse. Claro contanto que ele tivesse que sair da abstinência sem ser ficar com Mel tava tudo certo ..
Todos concordaram, menos eu.
– To fora. - Falei me levantando.
Arthur me encarou. E Sophia me puxou para me sentar novamente.
– Você vai jogar sim Lua Blanco . - Ela falou autoritária. Já disse que Sophia dá medo quando quer ? E é bem persuasiva
– Mas eu não quero. - fiz bico
– Mas vai, não quero nem saber. - Ela me impediu de me levantar. Que droga !
– Tá bom eu jogo. - Falei me rendendo. Foi impressão minha ou Arthur sorriu com a minha decisão.
Preferi nem conferir, antes que passasse por uma onda de vergonha e tudo mais.
– Mas onde vamos achar uma garrafa ? - Arthur perguntou e Clove se levantou e pegou sua escova de cabelos.
– Isso vai servir, olha, o lado mais fino e pergunta e o outro mais grosso é resposta. É só girar no chão normalmente . - Clove falou com muita certeza.
– Isso ai. - Cato falou sorrindo.
– Eu começo. - Mel disse pegando a escova e girando . Girou, girou, girou e caiu em pergunta de Micael para Clove responder.
– Verdade ou Consequencia ? - Ele perguntou.
Clove pensou um pouquinho.
– Verdade. - Ela respondeu cautelosa.
– Hmm, quem daqui você pegaria ? - Ele perguntou.
Olhei para Sophia que segurava uma risada, tentei me conter também. Olhei para Clove que parecia mais vermelha que um tomate.
– Ér... Cato. - Ela falou rapidão e todos sorriram satisfeitos com a resposta.
– Agora eu giro. - Ela falou ainda se recompondo. Cato também pareceu ficar bem vermelhinho HAHA ' .
Clove girou, girou, girou e acabou caindo pergunta de Chay para Mel.
– Verdade ou consequencia Melzinha ? - Ele perguntou sorrindo.
– Consequência . - Mel respondeu
– Pega o telefone liga pra escola e diz que odeia o professor Stewart
– Moleza. - Ela falou se levantando.
Todos seguiram ela em silencio ficamos ao lado dela que botou o telefone no viva voz , quando a inspetora atendeu ela berrou
– EU ODEIO A DROGA DO PROFESSOR STEWART , STEWART LITTLE - Rimos igual doidos , com certeza eramos terríveis, adoro esses tipos de coisas, deixar os diretores , professores das escolas doidos, e irrita - los. Mel é das minhas .Nos sentamos novamente nos recompondo, tentando fingir que nada tinha acontecido.
– Bem corajosa Memis . - Falei sorrindo.
– Obrigada Lu . ela esfregou as mãos sorrindo
Pois é, mal nos conhecemos e já nos chamamos com apelidos carinhosos. Que massa.
– Agora eu giro. - Clove disse pegando a escova e a girando . Caiu em pegunta minha para Cato . Ótimo. Sorri e perguntei :
– Verdade ou Consequencia ? - Perguntei tendo algumas ideias para a verdade.
– Consequencia. - Ele respondeu. Droga, sou péssima com consequencias.
– Faça uma declaração de amor para a Clove. - Falei com um sorriso malicioso no rosto.
Clove me olhou pasma e sibililou entre os dentes, para que apenas eu pudesse entender "Maldita" , Cato parecia que nem tinha entendido ainda , porque parecia estar travado.
– Va la bonitão. - Encorajou Sophia , recebendo um olhar de medo de Cato
– Ér ...
Todos ficaram em silêncio esperando Cato continuar. Essa foi cruel . Cato parecia não saber por onde começar.
– Clove , você é linda como .. ah .. ér primaveira. - Começou Cato . Todos riram.
– Que gay. - Arthur falou entre os risos.
– Cala a boca Aguiar . - Repreendeu Cato.
Clove estava corada. Eu , Sophia e Mel riamos muito. Até elas já tinham sacado.
– Prossiga. - Falei fazendo que os risos cessassem por um pequeno tempo . Mas me segurando.
– Bom ... Como é linda como ér primaveira, queria ter a chance de poder...
– De poder ...? - Micael falou voltando a rir, todos começaram a rir também
– Te fazer feliz ?. - Completou ele em dúvida .
Caimos na risada.
– Vai pagar por isso Lua . - Clove falou vermelha.
– Ahh Clove , dá uma chance . - Arthur falou rindo.
– Da uma chance vai . - Concordou Micael
– Babacas. - Cato falou fazendo um não com a cabeça.
– Desculpa Clove. - Falei rindo.
–Agora eu giro. - Cato falou sério, ainda parecia envergonhado, assim como Clove, ambos iriam me matar, sentia isso.
Girou, girou , girou e caiu , pergunta de Arthur para Chay responder.
– Verdade ou Consequencia ? - Perguntou Arthur com um sorriso no rosto.
– Consequencia. - Chay falou sem medo. Essa eu quero ver.
– Escolha uma menina daqui e faça igual uma cena de pedido em casamento - Arthur arqueou as sombrancelhas e nós rimos
– Claro. - Chay disse sorrindo. Se levantou e veio em minha direção. Calma ai, veio em minha direção ? Eu crente que ia ser com Mel.
– Pode se levantar por favor Srta. Blanco ? - Ele pediu gentilmente.
Olhei todos, Arthur parecia que tinha visto um fantasma. Sorri em pensamento com isso, nem sei porque. Me levanto e fico de frente para ele. Então ele sussura para apenas eu ouvir :
" Relaxa, é só pra provocar ele ". - Chay falou sorrindo. Assenti, ainda meio que entender.
Porque isso iria provocar Arthur Aguiar ? Que loucura. Chay se ajoelhou a minha frente e segurou na minha mão. Senti meu rosto esquentar, e recebi um olhar furioso de Arthur .
– Minha adorada Lua , em honra ao nosso grande amor. - Chay começou com voz dramática. Todos riram. - Aceite esse humilde pedido de casamento, se aceitar diga sim, se não aceitar dê um mortal para trás - Eu ri, todos riram.
– Então Lua Blanco ? o que responderá ? - Arthur perguntou sacárstico Eu sorri docimente e falei :
– Sinto muito querido Arthur Aguiar mas a consequencia era apenas fazer o pedido e não responder. - Falei calmamente.
– Uii . - Mel , Clove , Cato e Sophia fizeram piadinhas.
– Certo então. - Ele falou tranquilamente também.
– Agora é minha vez. - Chay disse girando a garrafa.
Girou , girou , girou, eu estava tendo muita sorte, não tinha vindo em mim nenhuma vez, adorava isso, e tinha medo que caísse pergunta de Clove para mim. Como toda vez, tive muita sorte, caiu em Mel pergunta para Sophia.
– Verdade ou Consequencia Barbie linda ? - Ela perguntou calmamente.
– Consequencia como sempre. - Ela falou confiante.
– Vai beijar o Arthur , só um selinho ta bom. - Mel falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Sophia nem pareceu se importar muito , cara o namorado dela tava lá mas por incrível que pareça ele estava rindo *-* . Soph caminhou até Arthur e todos ficaram em silêncio esperando o momento único. Soph apoiou a mão no braço de Arthur e tocou de leve seus lábios nos dele. Ele pareceu gostar , safado.
Todo mundo bateu palmas.Essa Sophia , não tinha medo de nada mesmo .
– Agora eu giro. - Sophia disse pegando a escova e girando. Girou , girou, girou e o inesperado aconteceu.
– Clove pergunta para Lua - FUUUDEU.
– Lua , escolha consequencia e prove que é corajosa também. - Mel falou sorrindo. Merda !
– Verdade ou Consequencia ? - Clove perguntou com um sorriso triunfante nos lábios .
Mel me olhou, aguardando eu escolher consequência . Não devia ter medo de apenas uma brincadeira.
– Consequência. - Decidi me então. Clove olhou maliciosamente para Arthur . Rezei mentalmente para que ela não faça eu fazer uma declaração de amor, mas ela acabou mandando eu fazer algo bem, mas bem diferente.
– Beije Arthur Aguiar . E tem que ser um beijo completo. - Clove falou sorrindo.
– O QUE ??? - Exclamei sem acreditar ainda. Todos riram, aguardando que eu fizesse. Não podia ser verdade.
– Vamos Luinha , estamos esperando. - Clove falou com um sorriso no rosto.
Maldita seja. Me levantei engolindo seco e me sentei a frente de Arthur . Meu rosto devia estar ardente, podia sentir meu corpo levemente se arrepiar. Pense algo positivo Lua , ele é lindo. Sim, ele é lindo. Pensei mentalmente e encarei ele . Seus olhos castanhos em olhavam docemente ele mesmo parecia divertido com a situação. A tensão no quarto aumentou , todos esperavam que eu fizesse, se não fizesse iriam me chamar de fraca , então qual o jeito ? Me aproximei de seus lábios, como se fosse em uma camera bem lenta, mas logo pude sentir seus lábios macios contra os meus. Fechei os olhos tão automaticamente . E pronto, já estavamos nos beijando. Era bom , e o beijo logo se intensificou, do jeito que Clove pedia, era tão bom e tão viciante ao mesmo tempo, que não queria mais parar, tive a sensação que ele também gostara, e todos observavam atentamente.
Todos ficaram mega Poker Face . Nosso beijo não tinha nada de brincadeira concerteza não
-Não é que a danada gostou mesmo. – Clove falou com um sorriso. Ela agora se achava a híper cupido.
– E eu pensando que a Lua não queria. – Chay falou rindo, junto com os outros. Mas eu nem prestei muita atenção estava mais concentrada em algo bem melhor no momento. Depois disso sei que vou ter uma crise de consciência doida por beijar Arthur por tanto tempo, então já que comecei terminarei.
– Ér Lua ... – Começou Clove. – Acho que já pagou sua consequência. – Ela terminou rindo.
Droga . Afasto-me bruscamente de Arthur tentando arrumar uma desculpa convincente, mas nada me veio à mente. Arthur me olhava divertidamente calmo.
– Bom... – Comecei sem nada com nexo na cabeça. – Eu hem. Eu, hm... Clove pediu um beijo caprichado, então eu fiz isso, por causa da consequência, claro. – Falei inventando qualquer merda . Sentindo meu corpo inteiro esquentar , tirei a jaqueta e a joguei no sofá .
Todos me olharam como se eu tivesse falado algo totalmente sem sentido.
– Aham, sei. – Sophia falou jogando o cabelo para o lado.
Todos riram e eu me senti envergonhada novamente.
– Vamos continuar o jogo. – Cato falou parando de rir um pouco.
- Ahh não to cansada vamos dormir - Mel fez bico
- Ta bem , vamos subir - Chay falou se espreguiçando , nos levantamos e guardamos as coisas no lugar e subimos para o segundo andar , no quarto de Chay estavam Arthur , Micael e Cato e no quarto de hóspedes em frente ao seu estamos eu , Sophia , Mel e Clove
E eu ainda estava meio mole, por causa da minha consequência. Tanto, que nem tive coragem de olhar para Arthu r. Fiquei ainda por cima lerda, porque todos já tinham entrado nos quartos. Menos Arthur . O encarei, olhando para seus belos e profundos olhos castanhos
– O que tá fazendo aqui? – Pergunto.
– Não se esqueça que o quarto em que eu to é em frente ao seu. – Ele disse se apoiando na parede.
– Ah. – Deixei escapar, às vezes sou burra mesmo.
– Boa noite Lua . – Arthur disse me dando um beijo no rosto. Isso fez me arrepiar. Afinal o que estava acontecendo ? ele já tinha me dado muitos beijos na bochecha !
– B-boa noite. – Murmurei um tanto quanto confusa. Ele sorriu e entrou no quarto . Respirei fundo e entrei no meu. Mel , Clove e Sophia tagarelavam, assim que me viram entrar pararam de conversar e me olharam seriamente.
– Senta ai Lua. – Sophia falou séria. Já disse que ela assusta quando quer. Sento-me na cama perto das três morrendo de curiosidade e pergunto:
– O que tá havendo?
Elas trocam um olhar estranho e Clove pergunta:
– Não minta. Conte-nos tudo e não esconda nos nada.
– Viajei. – Falei boiando.
– Você gosta dele. – Mel disse com um clima de suspense . Gelei
– Dele quem ? – Pergunto ingenuamente.
– Do Arthur . – Sophia falou estreitando os olhos. – Você gosta dele não gosta?
– Que pergunta absurda. – Falei olhando para as três . – Claro que eu... Que eu...
– Que você gosta. – Completou Clove sorrindo.
– Não. – Falei.
Elas me encararam.
– Qual é Luinha , e o beijo? – Mel perguntou.
– Foi uma consequência. Que Clove me mandou fazer. – Falei calmamente. Sentindo que iria me arrepender das minhas palavras um dia.
– Foi mais que uma consequência, todo mundo percebeu Lua . – Clove falou.
Claro que fora mais que uma consequência, mas eu não me sentia a fim de assumir que me portava interessada pelo Aguiar. Não agora, sentia que precisava ter mais certeza disto.
– Mas é muito cedo para indicar qualquer coisa, nem que seja o mínimo interesse, ou o mínimo gostar. Vou dormir meninas. – Falei tudo de uma vez . Coloco meu pijama e deito na cama. Nem estava com cabeça para pensar em nada e durmo.
Pra mim, a brincadeira foi um tanto quanto divertida. Na hora em que a Lua não quis jogar, me senti um tanto quanto incomodado com o fato. No momento respirei fundo e a encarei, e ela me olhou. Era como se tudo estivesse parado. Tenho certeza que se não fosse Sophia ela não ia jogar, e devo falar que tenho que agradecer Sophia. Porque se não fosse por ela, nada teria acontecido, e nada nessa noite valeria á pena. O jogo ficara muito interessante, cada pergunta e cada consequência, que era só para rir mesmo. Gostei da consequência que a Lua pediu para Cato fazer. Desconfiava que ele gostava mesmo de Clove e depois da consequência só pude concretizar meus pensamentos. O jogo foi avançando, realmente bem interessante, só que ai , aconteceu algo que eu nem imaginava , ainda mais depois do episódio do " quase - interrompido " beijo na cozinha da casa de Chay . A consequência que Clove propôs a Lua, ou melhor , exigiu. Acho que depois da "declaração" de Cato pela consequência , Clove queria vingança, mas no momento, pensei porque comigo? Tinham outros meninos na sala também , Chay, Micael e até mesmo Cato . E porque justamente eu? Clove deveria saber de algo... Não que eu não gostei da consequência, mas aquilo me intrigava de tal maneira inexplicável. Era mais ou menos a mesma coisa de quando eu olhava a Lua . Apesar de tudo, ela me impressionava. Me impressionou no primeiro dia de aula quando gabaritou a prova do professor mais exigente na escola , quando me acordou no dia em que chegou , por se dar tão bem com meus amigos de primeira , por ser inexplicavelmente perfeitinha e ao mesmo tempo totalmente fora de regras . Dentro ou fora das regras . Ela ainda mexe comigo. Agora o porque? Ah isso é meio incompreensível.
Depois que Clove disse a consequência, por um instante, pensei que Lua ia discordar e não ia querer. Era meio compreensível da parte dela não aceitar, já que estava com vergonha e tals . Mas ai ela aceitou. E tudo começou a girar na minha cabeça, a cada passo que ela dava em minha direção... Então ela me beijou, e tudo aquilo foi tão surpreendente, tanto para mim, quanto para ela. Já que o nosso beijo não era qualquer um. Era tão bom, que não queria solta ela nunca mais, e com ela era a mesma coisa.
Ai ouvi vozes soarem como – E eu pensando que a Lua não queria. Era Chay , mas nem me dei ao trabalho de olhar. Após outros comentários, Lua me soltou bruscamente, que nem cheguei a entendê-la com tais modos. Ela parecia envergonhada, tanto que cheguei até a ficar com um sorriso divertido no rosto, como se ainda não acreditasse que ela me beijara. Sem ao menos reclamar muito. Tudo aconteceu tão rápido . Observei á Lua , que parecia um pouco perdida em outro mundo. Fui caminhando devagar também. Todos foram para os quartos, e eu fiquei esperando ela entrar, queria dar boa noite, mesmo que ela me evitasse, de alguma forma.
– O que tá fazendo aqui? – Lua me perguntara com uma cara de interrogação .
A pergunta me caiu de surpresa, mas agora ela me fitava.
– Não se esqueça que o quarto em que estamos é em frente ao seu. – Respondi me apoiando na parede e a fitando também. Seus olhos catanho-esverdeados pareciam ter um brilho encantador.
– Ah. – Ela deixou escapar, como se tivesse esquecido desse fato.
– Boa noite Lua . – Falei o que esperava realmente dizer. Aproximei-me dela, mesmo minha vontade ser beija - la, como na verdade ou consequência, teria que respeitar ela em primeiro lugar, então apenas dei um suave beijo em sua bochecha . Isso me causou um pequeno choque, ao tocar em sua pele.
– B-boa noite. – Ela murmurou, parecendo um tanto quanto confusa sobre tudo.
Apenas sorri e entrei no dormitório. Meus colegas de "quarto" são Chay , Cato e Micael. Eles já estavam deitados. Me deitei na cama e fiquei fitando o teto, estava totalmente sem sono, mas um hora ou outra, teria de dormir.
Acordo e vejo que acordei bem na hora de ir pra escola . Alguém já estava no banho. Olhei para a cama vazia. Era Clove. Sophia já estava pronta e arrumava o cabelo , enquanto Mel ainda lutava para manter os olhos abertos .
– Bom dia. – Falei me espreguiçando.
– Bom diia. – Sophia cantarolou animadamente.
Não demorou muito para Clove sair do banho. Pego minha toalha e me tranco lá dentro. Tiro a roupa e vou tomar meu banho. Enquanto a água cai, fico pensando em tudo, meus pensamentos só batem em ontem, no jogo, na minha consequência.
Termino meu banho, sentindo uma dor de cabeça iniciar. Droga. Vesti-me , prendi meu cabelo, escovei os dentes e saio do banheiro. As meninas já estavam prontas.
– Tudo bem com você Lu ? – Clove perguntou.
– Tudo sim, aparento ter algo errado? – Perguntei indo calçar meu all star e pegar minha mochila.
– Só está um pouquinho pálida. – Respondeu Sophia maquiando rapidamente os olhos de Mel .
– Ah. –Falei.
Elas pegaram suas coisas e fomos para a escola. Aula de que? História. Nada mais chato que isso. Sinceramente, ninguém merece. Entramos na sala e fiz questão de me sentar bem no fundão, assim o professor nem iria me notar. Sento-me, abro um livro. A dor de cabeça só tinha aumentado. No intervalo tomaria algum remédio na enfermaria.
O professor entrou. Nem sabia quem era mesmo. Ele se apresentou com um nome que não entendi, porque estava no fundão e não prestava atenção. Depois começou o assunto da segunda guerra mundial. Ah não, ninguém merece.
Abaixo minha cabeça sobre o livro e me deixo relaxar bastante. E acabo dormindo.
– Lua acorda. – Alguém me chamou.
Levantei a cabeça ainda morrendo de sono. Pude ver a sala vazia, exceto pela presença de um garoto.
– Arthur. – Exclamei olhando para ele.
Ele estava com a aparência bem neutra ao meu lado.
– Você demora de acordar hein. – Ele falou guardando seus cadernos.
– Dormi demais né? – Falei olhando para o quadro que estava infinitamente cheio de letras que eu mal compreendia.
– Dormiu sim. Duas aulas e ninguém percebeu. Parabéns. – Ele falou sorrindo levemente.
– Valeu. Mas vamos né, porque eu to morta de fome .
Fomos andando lado a lado em silêncio pelos corredores e entramos no refeitório achando a mesa da galera . Sophia , Mel e Clove conversavam animadamente sobre a festa de Halloween , ainda tem isso . Me sentei ao lado delas me interando no assunto , os garotos falavam alguma coisa sobre " Bar do Boo " , algum tempo depois ouvimos batidas agudas de salto ao lado da nossa mesa , era a inspetora , se não me engano era Bridget ou algo assim o nome dela
– Tenho uma pergunta, qual de vocês foi ligou fazendo xingamentos para o professor Stewart? Porque um de vocês eu sei que foi. – A mulher falou severa.
– Calma tia. – Chay falou com cara de indefeso e eu tive vontade de rir.
– Não me chame de tia , garoto.
– Não me chame de garoto, tia. – Chay provocou.
Todos nós começamos a rir da cara da inspetora
– Já chega seus problemáticos. Quem foi que ligou ? – Ela perguntou furiosa.
– Fui eu ... – Mel se entregou.
– Não Mel , não coloque culpa em você, fui eu. – Chay falou.
– Nem vem, a culpa foi minha. Eu que liguei . – Micael falou.
– Fui eu, é sério tia. – Arthur falou
– Não caras , fui eu deixem que eu assuma meu ato - Cato falou com cara de coitado mas o pequeno sorriso de canto me sua boca era notável
– Não se culpem por mim, por favor, fui eu. – Clove falou. Arregalei os olhos.
Entendi a brincadeira e entrei nela.
– Na boa, parem, fui eu. – Falei revirando os olhos.
– Lua , você estava muito ocupada, não se esqueça fui eeeeu. - Cantarolou Sophia . Me senti queimando novamente. Todos riram. A monitora ficara muito mais irritada.
– CHEGA ! – Ela gritou. – Por vocês se nomearem culpados, todos irão me seguir até a sala da diretora para esclarecimentos.
– Mas eu não me culpei. – Victória surgiu ao nosso lado falando.
– Nem eu. – Allan disse
– Mas já iam se culpar, você que não deixou tia. – Chay falou com um sorriso idiota no rosto.
– Então sendo assim, todos irão me acompanhar. – A monitora disse indo em direção à porta. – AGORA !
Todos se levantaram. Victória fez que não com a cabeça e Allan também. Já que mais da metade tinha embarcado nessa, juntos, os que sobraram, não iriam ficar de fora mesmo. subimos as escadas em silencio, para a monitora não brigar mais ainda. Passamos pelo salão, tive a vaga impressão que alguém nos observava, mas deixei para lá e segui os outros em direção a sala da diretora.
– Com licença diretora Honeycutt , mas tive que vir aqui. Ontem a noite depois que a senhora saiu um deles ligou para a escola sendo desrespeitoso á um professor. E eles todos assumem a culpa. – A monitora falou nos olhando com raiva.
– Certo Bridget, pode deixar que eu resolverei isso com eles. – A Sra. Honeycutt disse e eu engoli em seco .
– Ta bem . – A monitora disse saindo da sala.
A diretora olhou para nós
– Bom, eu particularmente também soube ontem sobre a ofença ao professor Stewart . Algo sobre, Odeio o Professor Stewart. – Ela disse agora olhando para todos.
Todos ficaram silenciosos, sem nem pronunciar um piu.
– Eu também sei muito bem quem foi. – Ela disse olhando para Mel . – Mas vamos combinar vocês não fazem mais e eu finjo que isso nunca chegou aos meus ouvidos , mas só se não fizerem de novo, Ok?
Fiquei boquiaberta. Eu pensei que ia ter castigo ou até mesmo suspensão . Mas não, ela só mandou a gente não fazer de novo. Todos ficaram com a mesma impressão que eu.
Mas depois eu sorri e disse:
– Ok Sra. Honeycutt.
– Ok, então podem ir, mas para a sala de aula .. aula de - ela acompanhou com o indicador sobre uma planilha e depois tamborilou os dedos em cima - química , professor Snow – A diretora disse.
Sabiamos que haveria uma troca , pois infelizmente Felicia a antiga professora de química estava doente então Snow deveria ser o novo professor . Saimos da sala de fininho indo para a sala de aula
Quando olhei no relógio, estava na hora certinha. Corri para os ármarios com as meninas, pegamos nossas bolsas e fomos para a sala 12, que iria ter a nossa primeira aula com o novo professor . Que ótimo começo, já estavamos atrasadas, nada mal.
Respirei fundo, as meninas não queriam entrar primeiro e sobrou pra mim. Bati duas vezes na porta e entrei.
– Licença, desculpe pelo atraso.
– Sentem se senhoritas, não me apresentei ainda.
Me sento em uma cadeira, a minha esquerda Clove e a direita Mel . Sophia tinha se sentado ao lado de Vicky . O professor começa a falar.
– Boa tarde alunos, eu sou o Professor de Quimíca. Me chamem de Sr. Snow
Alguém fez uma piadinha :
– Snow White.
Eu ri do Snow White / Branca de Neve. A sala também. Quem falou parecia ser alguém conhecido. Olhei para os lados. Só podia ter sido ele . Arthur
– Já aviso logo, não permitirei brincadeirinhas na sala de aula. Está entendido ? Caso isso ocorra novamente, haverá punição. - O professor falou me encarando.
Cara que mania das pessoas jogarem indiretas pra mim, eu hein.
– Vamos começar com as apresentações. Eu já decorei alguns nomes, mas quero que se apresentem para todo mundo aqui na frente. E digam o motivo por ter vindo para esse colégio.
Seguiu uma ordem , primeiro foi Victória , Depois Cato. Ai então foi Clove.
– Eu me chamo Clove, vim pra cá porque .. porque quase coloquei fogo na escola e vendi o carro da diretora pra comprar passagens pro Caribe ...
Todos na sala arregalaram os olhos, menos eu , Arthur , Chay , Micael , Cato , Sophia e Mel que já sabíamos e que começamos a rir. O professor nos olhou mortalmente.
– Tinha que ser a nanica mesmo. - Falou Glimmer . Argh que raiva que deu.
– E não podia ser nada mais nada menos que a nojenta da Glitter para fazer esse comentário.
As pessoas da sala começaram a rir.
– E não se esqueça do molhada também. - Arthur falou rindo.Me fazendo lembrar do dia em que acidentalmente derramei suca de uva em seu vestido ( branco ) mas valeu a pena
– Seus ridículos. - Gritou Glimmer.
– Já chega ! - Berrou o professor, fazendo que todas as risadas cessassem.
– Você , você e você - ele apontou pra mim , para Arthur e para Glitter ops , Glimmer - me acompanhem imediatamente. Pois já avisei que não toleraria brincadeiras na sala de aula. Ferrou
Me levanto da cadeira. Arthur e Glimmer fazem o mesmo. Seguimos o professor e saimos da sala em silencio.
– Terão um pequeno castigo, para aprenderem a ouvir mais o que digo. - O professor disse.
Tipo eu achei mega exagero dele colocar um castigo por meros comentários feitos.
– Glimmer ajudará na cozinha.
– O que ? Ninguém merece. - Reclamou a nojenta.
– Pode ir Srta. Sky - Ah esqueci de falar que a nojenta era prima da Vee ? Claro que a chatisse era de família *-*.
Glimmer revirou os olhos e saiu andando rumo a cozinha. O professor no encarou.
– você ficará ajudando na biblioteca , limpará todas as poeiras e organizará os livros que a bibliotecária pedir. E quanto a você fará o mesmo, contando com as duas brincadeiras em sala, terá também que arrumar os livros. Bom trabalho. - Disse o professor nos deixando na porta da biblioteca.
Assim que ele foi embora resmunguei.
– Odeio esse professor.
– Te levamos realmente para o mau caminho . E também somos dois. - Falou Arthur abrindo a porta da biblioteca. Entramos na biblioteca. A bibliotecária sorriu e disse :
– O que desejam queridos ?
– Estamos em um castigo por um professor. - Arthur falou bagunçando seus cabelos , seus gestos me prenderam por longos minutos mas rapidamente desviei os olhos .
– Pois é, eu tenho que limpar os livros que a Sra. pedir e organiza - los e ele fará o mesmo, só que vai ter que arrumar também. - Terminei falando.
– Certo então queridos, venham comigo, pois por aqui temos muitos trabalhos.
Suspirei e segui ela junto com Arthur . Entramos em um corredor largo cheios de livros pelo chão.
– Podem organizar e limpar tudo isso, os panos de limpeza estão logo ali. - A mulher apontou para a bancada no fim da sala .
– Então tá. - Falei desanimada.
– Como vocês se chamam ? - A mulher perguntou sorrindo docemente .
– Eu me chamo Lua. - Falei indo em direção a pilha de livros.
– E eu Arthur. E a Sra. ?
– Isobel . Bom trabalho queridos. - A mulher disse sorrindo e caminhando para fora daquele corredor.
– Let's go. - Arthur falou pegando um dos livros e começando a limpar.
– Professor exagerado. - Murmurei limpando.
– Concordo, não era pra tanto. - Arthur disse me encarando com aqueles lindos olhos castanhos ...
– Mas foi engraçado. - Falei.
– Você chama a Glimmer de Glitter ? - Arthur perguntou.
– Aham , cismei com o apelido. - Falei rindo um pouco.- Foi engraçado também na parte do Snow White.
Arthur sorriu .
– Quase que perguntei onde estavam os sete anões. - gargalhamos e eu continuei limpando.
Eram muitos livros. Ia passando pano e organizando conforme os nomes. Arthur fazia o mesmo, só que guardava os livros nas prateleiras mas altas . Foi um trabalho cansativo.
Fiquei imaginando a cara de Glitter ajudando na cozinha. Deveria ser muito hilário. As horas foram passando, olhei pela janela, já tinha escurido. Bom assim, pelo menos não teria aula nenhuma para ir.
Continua ...
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