quarta-feira, 27 de novembro de 2013

14° Capítulo - Obsession Me

||

"Ai, eu não quero descer, Di, tô com preguiça" 



Diego ON
- Cadê a Lua? – perguntei quando Chay chegou na mesa e olhou para trás dele.
- Ela tava atrás de mim, mas não sei onde ela tá agora. – ele disse. Chay e Mika estudavam com a Lua porque eram mais novos que eu e Thur .
Ficamos esperando Lua por um bom tempo e eu já estava nervoso com aquilo. Com o Lucas no colégio, eu não ia ficar tranquilo.
- Vamos atrás dela. – Thur disse, aparentemente nervoso também.
- Vamos. – eu disse, e fomos em direção à sala do Chay e da Lua. Quando estávamos perto da sala, ouvimos Lua gritar com alguém, então entramos na sala que estava com a porta só encostada. Lucas estava segurando Lua pelo braço, e ela tinha uma cara de assustada, como quem quer chorar.
- Solta ela, cara. – eu disse, e ele olhou pra mim com cara de surpresa, soltando o braço dela.
- Eu já não te falei para você ficar longe dela? – Thur disse, com os punhos cerrados, prontos para bater nele.
-Thur , calma. – Lua disse, e eu olhei pra ela – Di, vamos, não tem mais nada pra fazer aqui.
- Não, Luh , esse cara tem que aprender uma lição. – eu disse e fui pra cima do Lucas, mas ela me segurou.
- Di por favor, vamos embora agora. – ela disse, firme. Olhei pra ela, estava com a boca vermelha e seus olhos suplicavam.
- Vamos. – eu disse, e Thur olhou pra mim como se pedisse para bater no Lucas – Vamos, Thur .
- Vamos. – Thur disse, não gostando muito. Ele abraçou Lua e, antes de sair, me virei para o Lucas.
- NÃO CHEGA MAIS PERTO DELA, OK? – eu disse, e saí da sala.

Diego OFF

Diego pediu para a diretora para eu e ele irmos embora. Ele falou que eu estava passando mal. Ela nos deixou ir e eu fui me despedir dos meninos.
- Obrigada por me defender, Thur . – eu disse, e o abracei.
- Não precisa agradecer, eu já disse que sempre vou te proteger. – ele disse e me deu um beijo na bochecha, me causando um choque.
- Mas mesmo assim, obrigada Thur . Tchau! – eu disse.
- Tchau, Dudes. – Diego disse, me abraçando, e saímos do colégio em direção ao carro.
- Você tá legal? – ele perguntou, e eu só concordei com a cabeça. Dentro do carro fomos em silêncio. Às vezes Diego olhava pra mim como se ele esperasse que eu chorasse, gritasse a qualquer momento. Chegando em casa, fui para meu quarto, tomei um banho e deitei na cama. Peguei meu Ipod e coloquei When You're Gone, da Avril Lavigne, e acabei dormindo. Acordei com Diego tirando o fone do meu ouvido.
- Ei, a janta tá pronta. Mamãe e papai já estão lá embaixo. – ele disse, sentando-se ao meu lado.
- Hm... eu não quero jantar. – eu disse, e virei de costas pra ele.
Luh , você tem que comer alguma coisa. Só tomou café da manhã e depois dormiu a tarde toda. – ele disse, passando a mão no meu cabelo.
- Ai, eu não quero descer, Di, tô com preguiça. – eu disse, fazendo manha.
- Ai ai, quer que eu traga pra você? – ele perguntou.
- Quero sim. – eu disse, e ele saiu do quarto. Fui até meu computador e o liguei, vamos ver quem tá aqui de interessante. Só tinha Andrew online.

Lua diz:
Oi amor.
Andrew diz:
Oi amor. Tudo bem?
Lua diz:
Mais ou menos e você?
Andrew diz:
Tô bem. Mais o que foi?
Lua diz:
Depois te conto.
Andrew diz:
Ah amor, eu estou preocupado com você. Foi embora mais cedo e disse que não tá muito bem.
Lua diz:
Quer vir aqui? Aí eu te conto.
Andrew diz:
10 min chego aí. Beijos.
Lua diz:
Tá bom, beijos.

Diego entrou no quarto com minha comida e um copo de suco de uva, meu preferido. É por isso que eu amo meu irmão.
- Obrigada, maninho. – eu disse quando ele colocou o prato na mesinha do computador.
- De nada, Luh . – ele se sentou na minha cama – Luh , eu tô preocupado com você.
- Por quê, Di? – eu perguntei, olhando pra ele.
- É que eu tô preocupado com esse negócio do Lucas, eu tenho medo de ele fazer algo com você. Mas se ele fizer, eu juro que eu MATO ele! – ele disse, enfatizando o mato.
- Calma Di, eu também estou com um pouco de medo dele, mas ele não vai me fazer nada. – eu disse, e acrescentei mentalmente um “eu espero”.
- Tá bom, mas vamos ficar de olho nele. – ele disse.
A campainha tocou e eu disse que era Andrew, ele se levantou e foi atender a porta.
- Oi ratinha. – ele disse, e eu levantei da cama pra abraçá-lo.
- Oi, ratinho. – eu disse.
- Putz, você até hoje não tinha me chamado assim. – ele disse, e me deu um beijo no rosto - Agora me conta tudo.
Eu contei tudo pra ele, desde a viagem até a boate e hoje no colégio. Ele não falou nada. Às vezes concordava com a cabeça ou mexia a mesma para eu continuar a falar, só quando eu terminei que ele falou.
- Nossa, Luh , como você não tinha me contado isso até agora? – ele disse.
- Ah, não sei, Andrew, é tanta coisa que eu nem lembrei. – eu disse.
- Não fica assim, tá Luh , eu vou ficar sempre perto de você. - ele disse, e me abraçou.
- Eu sei disso. – eu disse e o abracei de volta.
O celular dele começou a tocar, e eu vi na tela escrito ‘’amor’’, quem será? Ele falou que tinha que atender e eu falei que tudo bem.
- Oi amor... também estou com saudades... hm, que legal... Beijos ... Te amo. – ele disse, e desligou o telefone, me deixando sem entender nada. Como assim ele tinha uma namorada e não me falou?
- Era sua namorada? – eu perguntei, e ele fez uma careta.
- Err... eu tenho que te contar uma coisa. – ele disse, fazendo uma careta.
- Fala. – eu disse, com medo do que ele ia falar.
Luh , me promete que não vai se afastar de mim por causa disso? – ele falou.
- Claro que não vou me afastar de você, pode falar. – eu disse, segurando sua mão.
- Eu sou gay, Luh . – ele disse, e eu fiquei estática. Como assim ele era gay? Oi, eu sou burra e pensava que ele gostava de mim. NOSSA, agora isso sim foi uma surpresa.
Luh ? Você tá bem? Luh , fala comigo, por favor. – ele disse, e eu nem tinha percebido que ele tava me chamando.
- Oi?! Tô bem sim, Andrew, só não esperava ouvir isso. – eu disse, e ele meio que riu.
- Tá bem, eu sei que não é uma coisa esperada de se ouvir. – ele disse e eu ri. Ficamos em silêncio por algum tempo, eu tentando absorver a informação. Que foi? Eu porque sou lerda, e ele acho que porque queria me dar um tempo para pensar.
- Nossa, sempre sonhei em ter um amigo gay. – eu disse, depois de um tempo, e ele riu. Ele é louco, eu sei.
- Eu sabia que você ia falar isso. – ele disse e eu ri – Eu fiquei com medo da sua reação, mas sabia que podia contar com você. – ele disse e eu o abracei.
- Mas é claro que podia contar comigo. – eu disse, abraçada com ele.

Nós ficamos a tarde toda lá sentados, conversando sobre coisas aleartórias, até que ouvi alguém batendo na porta.
- Entra. – eu falei e Diego entrou com a cara amassada.
- Você tava dormindo? – eu perguntei, e ele concordou com a cabeça.
- Eu TAVA dormindo, mas o idiota do Arthur me ligou. – ele disse, enfatizando o “tava”.
- Por que ele te ligou? – eu perguntei. Que foi? Sou curiosa.
- Ah, ele queria saber se eu e você não queremos ir a um pub. – ele disse, fazendo uma cara de que não estava interessado.
- Ah, eu quero ir. – eu disse, e Diego ja ia saindo do meu quarto quando lembrei do Andrew – Di, o Andrew pode ir também?
- Claro que sim. A gente sai oito horas da noite, e já são seis, então não enrola, Luh , porque eu te conheço. – ele disse e eu ri.
- Ah, sou eu que demoro igual uma noiva para me arrumar? – eu perguntei, rindo. Ele fez uma careta e saiu do quarto sem falar nada.
- Você vai, né? – eu perguntei para Andrew.
- Vou sim. – ele disse e me olhou sério – Luh , eu queria que você não contasse nada para os meninos por enquanto, tenho medo de eles não quererem mais sair comigo, sei lá. – ele disse, fazendo careta.
- Tudo bem, And, eu não conto nada. – eu disse, levantando da cama – Me ajuda a escolher uma roupa.
Luh , eu sou gay mas não entendo nada de moda, então nem tenta. – ele disse, rindo.
- Mas eu só quero uma opinião construtiva. – eu disse, e ele riu mais.
- Assim eu posso ajudar. – ele disse.
- Você vai se arrumar aqui? – eu perguntei.
- Eu acho que não preciso ir em casa não, né? Porque eu tomei banho antes de vir para cá e também acho que essa roupa está boa, não tá? – ele disse, levantando e dando uma voltinha, bem gay, na minha opinião, mas muito boa. Que foi? Ele é gato, querida. Vamos lá, momento passarela: ele vestia uma calça jeans, uma blusa de manga preta com uns detalhes em branco com capuz e bem colada no corpo, favorecendo seu físico BEM modelado. Uiui, se ele não fosse gay eu pegava! Ri com meu pensamento.
- Do que você tá rindo? – ele disse, arqueando a sobrancelha – Essa roupa não tá boa?
- Tá boa sim, paixão. É que eu tava rindo do meu pensamento pervetido. – eu disse, e ele olhou pra mim com medo, o que me fez rir mais.
- O que você pensou? – ele perguntou.
- Que se você não fosse gay, eu tinha coragem. – eu disse, rindo, e ele começou a rir junto comigo.
- Ah, você sabe que antes, quando a gente era mais novo e eu não sabia que eu era gay, eu tinha uma quedinha por você?- ele disse, fazendo uma voz de indiferente, e eu arquei a sobrancelha como ele havia feito antes - Tá bom, eu tinha um abismo por você, mas deixa quieto. – ele disse e eu ri.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

home FaçaParteDaEquipe GrupoDoFace