domingo, 27 de abril de 2014

54° Capítulo - Odeio Amar você

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(Lua narrando) Já era sábado. Após aquele dia na escola, eu peguei uma febre que parecia não querer largar de mim. Sophia todos os dias me ligava preocupada, dizendo que eu estava fazendo falta e mais coisas do tipo. Liguei para Thiago e ele me falou que seu pai estava muito mal. Coitado, queria estar ao lado dele agora.

Sophia: A loira mais linda do mundo veio lhe ver. – se achou, colocando uma cabeça dentro do meu quarto, depois entrando por inteira. – Nem sou convencida. – ela me deu língua e eu ri.

Lua: Só você mesmo, hein senhorita modéstia? – sorri sentando na cama. – Estava morrendo de saudades de você. – a abracei. – Cadê o cabeça? – apelido carinhoso que dei ao Mika por ele ser o “CDF” da turma.

Sophia: Está em uma reunião com o pai dele. – rolou os olhos, entediada. – Você sumiu, hein? – referiu-se há uma semana que não fui para a escola.

Lua: Estava doente. Peguei uma gripe daquelas. – sorri. – Mas me conta os babados do colégio. – Sophia pulou na minha cama e começou a falar.

Passamos a tarde toda jogando conversa fora. Sophia conseguia me distrair, isso eram umas das qualidades de uma amiga. Segunda-feira, mesmo, voltarei para o colégio de cabeça erguida. Não deixarei, nunca mais, o Arthur pisar em mim.

Claudia: Finalmente, já não aguentava mais te ver cabisbaixa minha filha. – sai do banheiro. Já estava pronta para ir á escola. Como sempre, minha mãe estava me apoiando.

Lua: Eu também já não me aguentava mais. – brinquei. – Já vou. – dei um beijo na bochecha da minha mãe. Ela me deu um beijo em minha testa. – Amo você. – sorri e desci as escadas.

José já me esperava, no carro, para ir me levar. Entrei no automóvel, o cumprimentei e assim seguimos caminho. Eu me sentia melhor, não inteiramente, mas bem melhor do que segunda-feira. Logo chegamos à escola, avistei Sophia e Arthur conversando tranquilamente no banco do jardim da frente.

Sophia: Não acredito que a Lua vai furar comigo. – falou impaciente olhando seu relógio. – Ela me prometeu que ia vir para o colégio.

Lua: Prometi e já cumpri. – falei por trás deles. Sophia virou sorrindo e me abraçou. – Eu não disse que viria? – Sophia assentiu. – Dei minha palavra. – dei um pedala leve na sua cabeça.

- Lua? – Gustavo, um colega de classe, veio até mim, sorrindo. – Soube que estava doente. Melhorou? – assenti. – Podemos sair um dia desses, hein? – sorriu esperançoso.

Lua: Sim, pode marcar. – pisquei e ele se retirou.

Arthur: Vai mesmo sair com ele? – assenti, mentindo. Claro que eu não iria sair com ninguém. – O Gustavo é muito idiota Lua. Todas as meninas com quem ele sai, acabam machucadas.

Lua: Isso é problema meu. – falei seca. – Você não tem direito de se meter em minha vida desse jeito. Garoto, se liga, vai catar coquinho no asfalto. – falei grossa. Arthur pegou sua mochila e retirou-se.

Sophia: Você foi muito malvada com ele, coitado. – fez bico. – Vai mesmo sair com o Guga? O Arthur sabe o que está dizendo.

Lua: Claro, um canalha conhece o outro de longe, não é? – falei irônica. – É óbvio que não vou sair com ele. Eu tenho namorado, esqueceu? – falei em um tom óbvio.

Ficamos mais um bom tempo conversando. Realmente, eu havia sido muito grossa com o Arthur, mas eu tenho certeza que ele não pensou nisso quando me tratou do mesmo jeito na segunda-feira.

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