domingo, 27 de abril de 2014

53° Capítulo - Odeio Amar você

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(Lua narrando) Como todos sabem, se eu quero refletir, eu venho para o jardim que há bem atrás do colégio. Sentei-me embaixo da grande árvore que existia ali e peguei um caderno. Assim como os poetas, pus todas as dores no papel. Dizem que palavras podem doer, mais que atitudes, e hoje eu comprovei que, realmente, o que diziam era verdade.

Lua: O que quer aqui? – olhei para cima a fim de encará-lo. – Não basta o que me disse antes? Veio me ofender, me xingar, me bater? – perguntei a Chris que se agachou em minha frente.

Arthur: Eu quero você. – falou direto. Thur sorriu de canto. – Eu não queria te magoar. Desculpa-me. – olhei incrédula.Arthur Aguiar pedindo desculpas? Isso era novidade.

Lua: Isso não é brincadeira. – falei chateada. – Querendo ou não, você me machucou. Mas o que posso esperar de você, não é? – sorri irônica. – Você é uma pessoa que só faz me magoar.

Arthur: Lua, o que você quer? – perguntou-me. – Eu sei que depois dos beijos que nos demos você queria um relacionamento sério, relacionamento esse que Thiagoestá te dando. – pausou. – Isso não é para mim. Eu não quero e nem gosto de me amarrar, entende?

Lua: Eu entendo que sua vida é resumida a farras. – franzi o cenho. – Mas eu não sou assim, somos completamente diferentes. Eu tenho responsabilidades e maturidade, ao contrário de você que vive nas asas do seu pai. – Arthur abaixou a cabeça. – Você deveria dar valor ás pessoas que te amam. – pisquei para ele. Levantei e sai.

Voltei para a sala e para minha sorte, o professor havia faltado, então largamos. Fui para casa e me tranquei no quarto, não quero ver ninguém preciso do meu tempo só.

(Arthur narrando) Lua tinha razão. Foi de partir o coração vê-la daquela maneira, ela estava muito magoada comigo. Eu poderia negar, mas não seria verdade se eu dissesse que não gosto, nem um pouquinho, dela. Sei que nunca fui de sentir isso por ninguém, mas Lua era tão especial.

- Senhor Aguiar. – a empregada bateu em minha porta. – O senhor Amaral ligou avisando que irá demorar em voltar de viagem. – entrou no quarto. – E chegou uma carta dele, hoje de manhã.

Arthur: Dei-me aqui. – deixei de lado o caderno em que eu escrevia algumas anotações. – Pode sair. – falei após a empregada me entregar um envelope branco. – Vamos abrir. – abri o envelope. Havia duas cartas dentro. – Duas?

Na frente da primeira carta estava escrito “Arthur Aguiar” e a segunda carta estava escrito “Lua Maria”. Não acredito que até de longe ele quer manter contato com ela. E quem iria entregar aquela carta á ela? Sim, eu mesmo.

Peguei minha carta, tirei o adesivo que a impedia de ser aberta e logo comecei a ler:

“Meu irmão, Arthur,

Sei que nem, ao menos, me despedi de você, mas não tive culpa. Quando recebi a ligação da minha mãe avisando que meu pai estava internado, corri direto ao aeroporto e comprei uma passagem as pressas. Não sei quando vou voltar, nem sei se vou voltar esse ano, tudo depende da recuperação do meu coroa. Sei que como um bom amigo, você cuidará da minha gatinha. Não deixe que ninguém se aproxime da Lua. Confio em você parceiro.

Cuida-se. Um grande abraço, Thiago”.

Sorri depois de ler. Guardei o papel dentro do pequeno envelope que guardava minha carta e também a da Lua. Era piada? Cuidar da Lua? Se ele soubesse que quem mais apresenta perigo sou eu, eu acho que ele não me pediria isso. De qualquer forma, vou ficar de olho.

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