(Arthur narrando) Quando meu pai diz que eu sou um imprestável, ele está com toda razão. Nem pude ajudar Lua, ela caiu na minha frente e nem deu tempo de segurá-la. Agora está ela, lá embaixo, ferida ou talvez... Quero nem pensar.
Arthur: Lua. – gritei, ainda, lá me cima. – Vou te buscar meu amor. – Lua não respondia, estava desacordada, isso me deixava com mais medo ainda. – Lua. – gritava, enquanto descia o morro, devagar. – Meu amor. – cheguei nela. Sentei no chão e coloquei sua cabeça em meu colo.
Lua suava bastante, ainda estava desacordada. Chequei seu pulso e ele estava bem fraquinho. Sua cabeça sangrava muito, rasguei uma parte da minha camisa e comecei a limpar sua testa, enquanto a chamava para ver se ela acordava. Optei por não continuar a caminhada, já estava muito fraco, desnutrido, não tinha forças para andar e não podia deixar Lua sozinha ali.
Arthur: Eu vou estar onde você estiver. – selei seus lábios e me deitei ao seu lado.
Coloquei a cabeça de Lua sobre o meu peitoral e entrelacei nossas mãos. Já não podia fazer mais nada para nos salvar. O que tinha de fazer era esperar alguém nos achar, se é que estaríamos com vida, até lá.
(Sophia narrando) Meu Deus, quando percebemos que Lua e Arthur haviam se perdido de nós, ficamos muito preocupados. Já faz um dia e meio que estamos buscando pistas de onde eles poderiam estar, mas não encontramos nada. Não sei o que aconteceu com minha amiga e com meu “irmão” e isso me deixa muito abalada.
Sophia: Professor tem certeza que estamos indo pelo lugar certo? – perguntei tirando uma garrafa de água da minha mochila. – Temos que encontrá-los logo.
Vicente: Esses guias são nossa maior esperança. – apontou os dois homens que estavam nos levando para dentro da mata. – Confie neles e tudo dará certo. Eles sabem por onde estão andando. – piscou.
Sophia: Espero que sim. – falei esperançosa. Formamos um grupo de pessoas para procurar Lua e Arthur, espero que dê certo.
- De quem é esse colar? – perguntou pegando um colar que estava pendurado em um galho de uma árvore. – Pode ser da amiga de vocês. – nos mostrou um colar que tinha o símbolo da paz.
Sophua: É da Lua, eu tenho certeza. – falei com mais esperanças ainda. Eu tinha fé que nós os encontraríamos. – Esse colar é da Lua, eu já a vi usando. Inclusive, nós compramos juntas. – mostrei meu colar que tinha um coração.
Vicente: Onde esse colar estava? – o guia que o achou, apontou para o galho da árvore. – Então eles passaram por aqui. Devem estar por perto. – falou continuando a busca.
Sophia: Vamos logo. – passei a frente e avistei uma ladeirinha de barro, lá embaixo estavam dois corpos, juntos. – Ai meu Deus. – passei a mão pelo rosto, aperreada. Forcei a vista e... Sim, eram eles dois. – Pessoal, eu os encontrei. – gritei e todos vieram atrás de mim.
Vicente: Eu vou descer até lá. – falou convicto. – É o único jeito de ver se eles estão bem. – disse Vicente que jogava seu equipamento no chão. – Não vou esperar o resgate.
Sophia: Boa sorte professor. – desejei. Ele precisaria, aquele morro parecia perigoso para descer. – Professor vai com cuidado. Está cheio de pedras, o senhor pode se machucar.
Vicente: Ok. – começou a descer. Logo ele chegou lá embaixo. – São eles mesmos. – confirmou gritando. – Chamem os bombeiros, de pressa. Eles estão feridos. – gritou mais uma vez.
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