Vicente: Arthur acordou. – gritou. Olhei para cima, com um pouco de dificuldade, pois não conseguia me mover direito, e lá estava o pessoal do colégio. – Você está bem Arthur?
Arthur: Lua. – a única palavra que saiu da minha boca e que eu consegui pronunciar. – Lua. – repeti. Olhei para o lado, e lá estava ela, desacordada, em meus braços. – Salve-a.
- Eles estão aqui. – gritou um homem de lá de cima. – Venham. – olhei para cima e vi que eram os bombeiros, finalmente seriamos salvos.
Arthur: Vai ficar tudo bem, meu amor. – sussurrei no ouvido de Lua que se encontrava inconsciente em meus braços. – Eu te amo, Lua. – sussurrei mais uma vez e aos poucos meus olhos foram se fechando.
(Lua narrando) Abri os olhos rapidamente, me tirando de um terrível pesadelo. Sonhava que estava com Arthur, no meio de uma mata obscura e assustadora. Fitei o lugar onde eu estava, agora, as paredes eram brancas e tinha umas máquinas medicinais, eu estava em um hospital. Então quer dizer que não foi pesadelo?
Claudia: Lua, meu bem. – falou minha mãe, vindo em minha direção. – Você está bem? – perguntou me fazendo tirar dos meus pensamentos.
Lua: Como eu cheguei aqui? – perguntei confusa. Não me lembro de ter ido para o hospital. – Cadê o Arthur? Como ele está? – perguntei encarando Sophia e Vicente que também estavam no quarto.
Claudia: Calma, uma pergunta de cada vez. – pediu-me. – Primeiro: seus colegas te encontraram e chamaram o corpo de bombeiros. O pessoal do resgate te trouxe para cá.
Lua: Não importa. – falei, não queria parecer grossa, mas fui. – Eu quero saber como o Arthur está. Onde ele está? – perguntei desesperada. Se algo acontecesse com ele, eu não sei o que faria.
Vicente: Ele está bem, agora. – franzi o cenho. Como assim “agora”? – Ele chegou desidratado. Passou quase dois dias sem comer e beber água direito. – explicou-me. – Ele está aqui no quarto ao lado.
Lua: Vou vê-lo. – senti meu coração apertar só de pensar no estado que ele estaria. – Vou vê-lo agora. – tentei me levantar, mas as mãos dos três me impediram.
Sophia: Não. – falou pela primeira vez, desde que acordei. – Mocinha, você precisa descansar, se recuperar, depois você ver o Thur. – falou autoritária.
Lua: Vocês não estão me entendendo. Eu vou ver ele e vai ser agora. – falei convicta.
Claudia: Lua, por favor, pare de ser birrenta. – pediu-me impaciente. – Você acabou de acordar deve estar fraca, quer aprontar mais menina? – falou de cara fechada.
Lua: O que custa eu ver o Arthur? – perguntei sem esperar resposta. – Ele está bem aqui ao lado, meus pés não vão cair.
Claudia: Ok, filha. Vá lá, mas que seja bem rapidinho ok? – assenti sorrindo. Minha mãe me deu um beijo em minha testa e eu levantei da cama.
Lua: Ai. – senti uma dor pequena quando coloquei meus pés no chão, deve ter sido por que eu o torci, mas isso não me impediu de continuar. Fui até ele.
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