Giovana: Eu não acredito nisso, Arthur. – falou brava. – Eu só fui para aquele passeio pra ficarmos juntinhos e você me some e passa, quase, dois dias perdido e com aquela idiota, a Lua Maria. – gritou.
Arthur: Primeiro: Temos várias cadeiras aqui. – olhei em volta. – Portanto, saia do meu colo e sente-se em uma. – dei uma leve empurrada nela que saiu do meu colo. – Segundo: Eu não te devo satisfações de nada o que eu faço ou deixo de fazer da minha vida. – dei de ombros.
Giovana: Como não? – perguntou perplexa. – Você é meu namorado, é claro que me deve satisfações de tudo o que faz. – falou, gargalhei alto quando ouvi aquilo.
Arthur: Você é louca? – perguntei com as mãos na cabeça. – Desde quando eu sou seu namorado? Pelo que eu me lembre, eu não te pedi em namoro. – falei com desdém.
Giovana: Mas meu amor, você pediu sim. – afirmou com a cabeça. – Agente estava em um lindo parque, eu me balançava, você fez uma linda declaração e em seguida me pediu em namoro. – ela falava sonhadora. Juro que me deu um pouco de medo, Giovana estava louca.
Arthur: Aí depois você acordou, não é? – perguntei reprimindo um riso. – Por que eu tenho certeza que isso foi um sonho. – gargalhei.
Giovana: Não foi amor. – sorriu e sentou-se, outra vez, no meu colo. – Você me disse coisas lindas, coisas que eu nunca mais vou esquecer. Acho que quem está louco é você. – fez bico. Olhei para Lua, no outro lado da cantina, ela parecia incomodada com algo, der repente ela levantou e saiu dali.
Arthur: Posso estar louco sim, mas pela Lua. – Giovana arregalou os olhos. – Eu a amo, se fosse para falar coisas bonitas, eu falava para ela, se fosse para pedir alguém em namoro, eu pedia á ela. – a tirei do meu colo e levantei-me. – Eu faria isso tudo por que eu a amo entendeu?
Deixei Giovana boquiaberta e fui atrás de Lua . Sai do refeitório e não a vi em lugar nenhum, mas não é preciso ser um profeta para adivinhar onde ela estaria a essa hora. Fui até o jardim e a encontrei sentada embaixo de uma árvore. Ela estava encostada na árvore e tinha a mão no seu rosto.
Arthur: Lua. – rapidamente ela tirou a mão do seu rosto. Seu rosto estava vermelho e molhado, por conta das lágrimas. Sentei na sua frente. – Por que você está chorando? – enxuguei suas lágrimas, carinhosamente.
Lua: Por que eu te amo. – disse direta. – Eu não aguento mais um dia sem você. Por que suas provocações doem lá no fundinho e me fazem ficar mal. – confessou. – Por que você me trata mal, não está nem aí pra mim. – respirou fundo e me encarou. – Eu passo o dia me perguntando como você está, por que dói saber que você fica com outras e faz outras meninas sentirem tudo o que eu sinto. – pausou e continuou, por fim. – Por que estou cansada de te amar, e fingir o contrário, estou cansada de demonstrar me importar com você e só levar patada. Eu odeio a sua indiferença, o jeito como me trata com desdém. – respirou fundo e me olhou nos olhos. – Estou chorando por que eu te amo. – derramou uma lágrima solitária.
Arthur: Lua... – sussurrei.
Lua: Não é nada, não se preocupe. – forçou um sorriso e limpou suas lágrimas, que insistiam em cair. – Já passa. – levantou e saiu, me deixando sozinho naquele jardim.
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