quarta-feira, 2 de julho de 2014

69° Capítulo - Odeio Amar você

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Fim da Maratona

(Arthur narrando)As outras duas aulas passaram normais, sem acontecimentos importantes. Não queria ir para casa, ela estava muito vazia. Só os empregados que me faziam companhia. Pablo foi embora, meu pai está viajando... Logo cheguei à minha casa e dirigi-me para a cozinha.

Arthur: Boa tarde. – sorri educadamente. – O almoço já está pronto? – perguntei a empregada que mexia algo na panela que estava em cima do fogão.

- Daqui a 10 minutos tudo estará pronto, senhor. – respondeu-me simpática. – Seu pai já chegou de viagem. – a encarei surpreso. Ele não havia me avisado. – Subiu para tomar um banho e disse que já vem.

Arthur: Está bem. – assenti com a cabeça. – Também vou subir, preciso de um banho. – falei. Fui até a sala, peguei minha mochila que estava no sofá e subi para tomar meu banho.

Meu Deus me dê coragem para descer e almoçar com meu pai. Depois de tanto tempo sem vê-lo, não sei por que estou tão nervoso com isso. É apenas um almoço com meu pai, que vive me criticando e me rebaixando, me humilhando e me decepcionando... Respirei fundo e desci.

Arthur: Boa tarde, papai. – entrei na cozinha. – Como foi de viagem? – perguntei e ele olhou para sua frente, como se me dissesse algo, também olhei. – Oh perdão. Boa tarde senhorita. – cumprimentei a mulher que estava na sua frente.

- Boa tarde Arthur. – sorriu simpática. Ela era uma mulher muito bonita e elegante. Parecia ter quase a idade do meu pai, eu nunca tinha visto ela antes. – Seu pai me falou muito sobre você.

Arthur: Jura? – perguntei surpreso. – Espero que tenha sido coisas boas. – brinquei. A mulher sorriu e meu pai sorri junto. Pode parecer mentira, mas eu nunca tinha visto meu pai sorrir, aquela foi a primeira vez. – Como é seu nome?

Vitor: Essa é a Estela. – a apresentou. Por fim, meu pai falou. – Já vou lhe dizendo que ela é minha noiva. – novamente, fiquei surpreso. Depois que minha mãe morreu, ele nunca mais namorou. – Já marcamos a data do casamento.

Arthur: Sério? – sorri surpreso. – Meus parabéns. – abracei Estela e me sentei. Não teria a ousadia de abraçar meu pai, sei que ele não gosta desse tipo de carinho. – Fico feliz pelo senhor, papai. – ele balançou a cabeça, positivamente.

Vitor: Será que podia nos deixar á sós? – pediu a Estela. Ela assentiu e subiu. – Eu preciso conversar com você... Primeiro: O que achou da Estela? – meu pai se importando com minha opinião? Novidade.

Arthur: Ela é muito simpática, além de ser muito bonita. – meu pai concordou sorrindo. – Eu fico tão feliz em vê-lo assim. – franziu o cenho. – Pode parecer bobagem minha, mas eu nunca te vi sorrindo e Estela o fez sorrir. – sorri sem jeito.

Vitor: Arthur. – chamou-me e eu o encarei. – Eu quero te pedi perdão, meu filho. – arregalei os olhos. – Está surpreso? – assenti. – Eu quero te pedi desculpas por tudo que lhe fiz, por todo mal que lhe causei. – respirou fundo. – Digo, eu sempre quis te colocar para baixo...

Arthur: Papai, não precisa me pedir desculpas. – falei sorrindo. – Você só me tratava daquele jeito por que eu fui o culpado pela morte de Katia. – abaixei a cabeça.

Vitor: Nunca mais repita isso, me ouviu? – eu assenti. – Eu fui muito idiota em sempre te dizer isso, mas eu aprendi com meus erros. Tarde, mas eu aprendi. – pausou e continuou. – Para tudo tem um propósito. – levantou-se e se aproximou de mim. – Eu te amo filho. – abraçou-me.

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