Claudia: Pronta para o seu primeiro dia de aula, querida? – perguntou como se não soubesse da resposta.
Lua: Mamãe, não force. – lhe pedi. – A senhora sabe que prefiro São Paulo. – meu pai tinha ido resolver um problema com a empresa, melhor assim, ou então eu estaria batendo boca com ele, agora.
Claudia: Pensei que você já tivesse aceitado a realidade. – sua expressão estava séria, eu não gosto e é muito raro eu discutir com a minha mãe, mas eu tenho que falar tudo que penso e sinto.
Dulce: Que realidade? Você me separou das pessoas que eu mais gosto no mundo. – me referi á minha avó, meu avô e minha melhor amiga. – Isso é pouco? – me dói ter que ficar afastada deles.
Claudia: Não é pouco, mas também não é o suficiente para toda essa birra. – se alterou, nunca tinha visto minha mãe daquele jeito.
Lua: Birra? – rolei os olhos. – Eu só esperava que a senhora como filha, deveria sentir falta dos seus pais também. – nem parece que minha mãe se importa com os meus avôs. – Mas deixa pra lá. – levantei-me. – Você nunca vai me entender, mesmo. – sai irritada.
Claudia: Lua Maria volte e tome seu café. – escutei minha mãe gritar, mas eu não quis saber, eu só não quero continuar aqui.
Sai de casa e fui até a garagem. José, o motorista, já me esperava para podermos ir á minha nova escola. José tinha, mais ou menos, 45 anos, ele é um ótimo amigo. Era nosso motorista em São Paulo e como não tinha família e nem ninguém lá, ele acabou vindo com a gente para o Rio de janeiro. Não demorou 20 minutos e já estávamos em frente ao bendito colégio.
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