(Lua narrando) Encontramos Sophia e Micael, eles também estavam lindos. Sentei na mesma mesa que eles, os pais de Sophia estavam lá, os cumprimentei. Arthur precisou sentar á mesa de seu pai, então fiquei segurando a vela pra Sophia e Micael , sem falar nos pais da loira, que apesar de adultos, pareciam dois adolescentes, se bobear, mais babados que a filha.
Arthur: Gostaria de propor um brinde. – levantou-se. Pegou uma colher e bateu, levemente, na taça, chamando a atenção de todos no salão. – Meu pai é um homem que vai atrás do que quer e a Estela sabe disso. – falou lendo um papel que tinha em sua mão. Ele iria dar continuidade, mas olhou nos meus olhos e jogou o papel sobre a mesa. – O que eu aprendi com esse noivado? A importância da insistência. – pôs a mão nos bolsos. – Que perante o amor, agente não desiste. Mesmo que o objeto do nosso amor nos desencoraje. – olhou-me. – E um dia... – eu já me sentia arrepiada pelo jeito que ele me olhava. – Espero ter a mesma sorte de encontrar alguém que faça o mesmo por mim. – respirou fundo. – Ao casal feliz. – levantou a taça e todos brindaram.
Levantei minha taça, desejando um brinde para ele, particularmente. Arthur também levantou a sua como resposta e me sorriu. O seu discurso me encantou e o que mais me encantou foi ele ter deixado de ler o seu discurso, e ter falado as coisas que estavam em seu coração.
Lua: Foi um discurso e tanto. – aproximei-me dele que estava encostado na parede do salão. – Valeu a pena o esforço. Eu me impressionei.
Arthur: Eu não escrevi nada daquilo. – me agarrou pela cintura e entrelaçou seus dedos nos meus. – Falei tudo de improviso. – me arrastou até o meio do salão. – Eu sei que eu já te disse coisas horríveis, até demais para os meus padrões.
Lua: Está se referindo ao fato de sempre me desapontar e decepcionar? – perguntei não querendo demonstrar importância. – Me magoou muito, Thur. – começamos a nos balançar lentamente, de acordo com a música que tocava.
Arthur: Aonde quer chegar? – perguntou calmamente. – Seu lugar não é com o Thiago e com nenhum outro homem. – falou com um sorrisinho nos lábios. – Nunca foi, nunca será. – sussurrou.
Lua: E o seu lugar não é com ninguém. – falei seca. Dois centímetros aproximando e nós beijamos. Era um beijo calmo, lento que acompanhava o ritmo da música que tocava naquele salão, deixando o clima romântico.
Arthur: Vamos com calma dessa vez. – pediu. – Pelo menos essa noite, vamos fazer do jeito certo? – assenti.
Lua: Essa noite. – enfatizei. – Arthur Aguiar, um romântico? – perguntei fingindo surpresa. – Quem diria?
Arthur: Agora, você diria. – sorriu de canto. – Isso é tudo o que importa.
Sorrimos, peguei na sua mão e o puxei para subir as escadas. Eu não queria transar, eu só queria sair daquele barulho e curtir Arthur. Afinal de contas, temos só o resto da noite para aproveitar.
Arthur: Sabia que eu criei umas regras? – franzi o cenho. Do que ele estava falando? – A primeira regra da minha lista seria “Não me apaixonar por Lua Maria”. – sorriu.
Lua: De vez em quando é bom quebrar as regras. – sorrimos.
Aproximei-me dele e nós beijamos mais uma vez. Beijamos-nos lento e sensual, ao mesmo tempo. Aquele beijo servia apenas para sentirmos o gosto e matar a saudade que estávamos sentindo um do outro.
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