Fim da Maratona
Arthur: Boa tarde. – sorri educadamente. – O almoço já está pronto? – perguntei a empregada que mexia algo na panela que estava em cima do fogão.
- Daqui a 10 minutos tudo estará pronto, senhor. – respondeu-me simpática. – Seu pai já chegou de viagem. – a encarei surpreso. Ele não havia me avisado. – Subiu para tomar um banho e disse que já vem.
Arthur: Está bem. – assenti com a cabeça. – Também vou subir, preciso de um banho. – falei. Fui até a sala, peguei minha mochila que estava no sofá e subi para tomar meu banho.
Meu Deus me dê coragem para descer e almoçar com meu pai. Depois de tanto tempo sem vê-lo, não sei por que estou tão nervoso com isso. É apenas um almoço com meu pai, que vive me criticando e me rebaixando, me humilhando e me decepcionando... Respirei fundo e desci.
Arthur: Boa tarde, papai. – entrei na cozinha. – Como foi de viagem? – perguntei e ele olhou para sua frente, como se me dissesse algo, também olhei. – Oh perdão. Boa tarde senhorita. – cumprimentei a mulher que estava na sua frente.
- Boa tarde Arthur. – sorriu simpática. Ela era uma mulher muito bonita e elegante. Parecia ter quase a idade do meu pai, eu nunca tinha visto ela antes. – Seu pai me falou muito sobre você.
Arthur: Jura? – perguntei surpreso. – Espero que tenha sido coisas boas. – brinquei. A mulher sorriu e meu pai sorri junto. Pode parecer mentira, mas eu nunca tinha visto meu pai sorrir, aquela foi a primeira vez. – Como é seu nome?
Vitor: Essa é a Estela. – a apresentou. Por fim, meu pai falou. – Já vou lhe dizendo que ela é minha noiva. – novamente, fiquei surpreso. Depois que minha mãe morreu, ele nunca mais namorou. – Já marcamos a data do casamento.
Arthur: Sério? – sorri surpreso. – Meus parabéns. – abracei Estela e me sentei. Não teria a ousadia de abraçar meu pai, sei que ele não gosta desse tipo de carinho. – Fico feliz pelo senhor, papai. – ele balançou a cabeça, positivamente.
Vitor: Será que podia nos deixar á sós? – pediu a Estela. Ela assentiu e subiu. – Eu preciso conversar com você... Primeiro: O que achou da Estela? – meu pai se importando com minha opinião? Novidade.
Arthur: Ela é muito simpática, além de ser muito bonita. – meu pai concordou sorrindo. – Eu fico tão feliz em vê-lo assim. – franziu o cenho. – Pode parecer bobagem minha, mas eu nunca te vi sorrindo e Estela o fez sorrir. – sorri sem jeito.
Vitor: Arthur. – chamou-me e eu o encarei. – Eu quero te pedi perdão, meu filho. – arregalei os olhos. – Está surpreso? – assenti. – Eu quero te pedi desculpas por tudo que lhe fiz, por todo mal que lhe causei. – respirou fundo. – Digo, eu sempre quis te colocar para baixo...
Arthur: Papai, não precisa me pedir desculpas. – falei sorrindo. – Você só me tratava daquele jeito por que eu fui o culpado pela morte de Katia. – abaixei a cabeça.
Vitor: Nunca mais repita isso, me ouviu? – eu assenti. – Eu fui muito idiota em sempre te dizer isso, mas eu aprendi com meus erros. Tarde, mas eu aprendi. – pausou e continuou. – Para tudo tem um propósito. – levantou-se e se aproximou de mim. – Eu te amo filho. – abraçou-me.
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